Quando o sindicato fez a Disney demitir seus trabalhadores

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Em sua Era de Ouro, a Disney tinha um amplo quadro de funcionários altamente satisfeitos. Além de pagar bem os seus trabalhadores, o estúdio cultivava um ambiente de trabalho positivo e quase familiar. Era prática comum na Disney que 20% dos seus lucros fossem divididos em bônus para os empregados. Além disso, o estúdio contava com a sua própria escola de artes, com o objetivo de formar e qualificar os seus próprios animadores. As animações da Disney, além de bem sucedidas com o público, eram o que as técnicas da época tinham de melhor a oferecer. Em 1937, foi lançado “Branca de Neve e os sete anões”. O sucesso foi tanto que a Disney começou a construção de um novo e maior estúdio em Burbank, na Califórnia. Contudo, a Segunda Guerra Mundial mudaria drasticamente a organização da empresa. Em 1940 foram lançados os filmes “Pinóquio” e “Fantasia”. O completo fracasso de bilheteria deixou a empresa com uma dívida de aproximadamente 4,5 milhões de dólares – o equivalente a quase 90 milhões de dólares atualmente. Sem lucros e com uma dívida gigantesca, a empresa teve reduzir as benesses oferecidas aos seus funcionários. O acesso a restaurantes e ginásios, por exemplo, passou a ser exclusivo para roteiristas e animadores. Ainda assim, a Disney mantinha seu amplo quadro de funcionários e continuava sendo a empresa preferida dos profissionais do setor.