O Galeão C*v*d*sta e A Barca dos Pôncio Pilatos

3 years ago
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Texto-Reflexão por João de Athayde, antropólogo - 17/11/21
O GALEÃO COVIDISTA e A "BARCA DOS PÔNCIO-PILATOS"
O Presidente da Colômbia Ivan Duque, de 45 anos, disse em entrevista que não tomou a "vacina".
Ele diz que se cuida, é jovem, e que no futuro, quando for o momento adequado, a tomará. Porém, ao mesmo tempo, faz a campanha nacional de vacinação, aparentemente não-obrigatória: "quero ver mais colombianos vacinados" disse ele.
A partir disso eu então colocaria Duque no mesmo barco dos "Pôncio-Pilatos", os que lavam as mãos, os que não matam, mas não impedem que o façam.

Ora, não existe só o matar, existe tb o se dobrar à certas exigências do sanitarismo covidista, não impô-las exatamente, mas tb não agir claramente para impedir que elas se imponham em certas cidades ou setores de seus respectivos países; esses são aspectos do "lavar as mãos" ao qual me refiro.

Talvez o façam por convicção, submissão, talvez por estratégia (o que me conforta em pensar quando estou otimista), ou mesmo por sofrerem ameaças, ou serem impotentes, ou fracos de caráter.
(Sei que estou sendo até leve com eles, porque o governante que REALMENTE quer, denuncia, resiste e dá o exemplo, mas bem, dou-lhes um crédito...).

Me parece que temos nesse barco, até agora: Bolsonaro, Putin e talvez Lukashenko, que está sob suspeita. Aliás, alguns governantes escandinavos também.

Claro que essa "Barca dos Pôncio-Pilatos", apesar de estarem longe de serem perfeitos, é bem melhor do que o Galeão gigantesco dos "covidistas convictus, impositórius & supositórius", da maioria dos dirigentes ocidentais.

Se eu fosse um católico da idade média, diria que o Galeão Covidista irá, garantido, para profundezas gelada dos oceanos dos infernos, que segundo Dante, ainda é pior que o Fogo Eterno, talvez por que lá, nada se passe, nem a alternância e o movimento dos castigos em brasa, lava e ferro para uma massa de almas danadas, mas apenas o monótono e solitário congelamento em consciência, com o frio que seus próprios corações gelados emanaram em suas passagens pela Terra.

Já a "Barca dos Pôncio-Pilatos", embarcação da Fortuna, com sorte, irá navegar nas águas turbulentas do Purgatório para que pesem seus atos e que por eles sejam pesados, e, em consequência, serem definitivamente arrastados para o fundo ou conduzidos à porto seguro.

Mas eu não sou um homem da Idade média.
Sou apenas um cidadão observador crítico e indagador da geopolítica.

Mesmo assim, posso supor que, em tal contexto Dantesco, os que defendem a Liberdade, a Verdade, as crianças e a Vida, com boa intenção e - sobretudo - boa Atitude, de maneira clara, com convicção e Fortitude, (firmeza na virtude)
não estariam em nenhuma dessas duas infelizes embarcações.

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