Apocalígrafo. João Carlos Monteiro Moreira. Cap 1 a 11 - 1ªParte

2 years ago
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Introdução.
Não gosto que o Estado me diga quando tenho de ficar em casa, não gosto que o Estado me diga que tenho que usar uma máscara, não gosto que o Estado me diga que a minha filha não pode ir à escola, não gosto que o Estado me diga que tenho que trabalhar a partir de minha casa, não gosto que o estado me diga a toda a hora quantas pessoas morrem de Covid19, não gosto dos tempos que estamos a viver!
E tu gostas? Em caso afirmativo, serás com certeza um forte candidato em ler este livro, pois quem também como eu, não gosta destes tempos, já partilhará comigo algumas das razões que aqui vos apresento.
O livro que tens nas mãos foi escrito com o supremo interesse de fazer reflectir as pessoas e levá-las ao menos a questionar, pois em momentos como os que estamos a viver, em que claramente existe uma elaborada manipulação de massas com um determinado propósito, é fundamental que haja pessoas que ousem pensar por si próprias e questionem!
Questionar é bom, é necessário, é fundamental. Exigir respostas engrandece as pessoas, tanto os que perguntam como os que têm o dever de responder. É um exercício salutar e democrático. Só ousa questionar quem se interessa, quando não o fazemos é porque já nos dá igual, é porque estamos cansados, resignados e acomodados, é porque já não acreditamos que pode vir a ser melhor e isso não é bom.
Para se esquivarem a dar respostas, os Estados hoje em dia usam a tese do “negacionista”. Quando alguém ousa questionar, puxam deste rótulo e desmoralizam imediatamente o questionador, que ainda nem sequer negou!
Quem questiona precisa porventura de obter mais e melhores respostas que os demais para poder formular uma opinião, a sua opinião! A história está cheia de episódios em que Nações inteiras foram atrás de narrativas aparentemente muito bem elaboradas e encontraram mais tarde apenas a sua ruína.
Preocupante, é que hoje não estamos a falar apenas de algumas Nações, hoje falamos do Mundo inteiro!
Capítulo 1.
A-P-O-C-A-L-Í-G-R-A-F-O.
Esta palavra não existia, mas existe agora. Como todas as outras palavras que conhecemos, antes de alguém as criar, também não existiam.
Para cada palavra, teve que existir alguém no passado que se deu ao trabalho de agrupar letras ou termos, dar-lhe uma grafia, um som apelativo, lógico e compreensível, que a partir daí lhe formulou sentido e conceito apropriados e por fim a divulgou aos demais, para que essa nova palavra criada pudesse começar a ser conhecida, ganhasse vida e o seu significado fosse assimilado e difundido. Assim nasce uma palavra!
Certamente que algumas novas palavras não vingam e ficam logo pelo caminho, ninguém as ensina, ninguém as repete, e portanto são esquecidas. Ficam perdidas para todo o sempre algures no tempo, nas memórias de quem já não está cá para as dizer, escrever e explicar. Largadas num qualquer velho pedaço de papel, desgarradas e sem nexo, sem explicação ou contexto, nunca mais ninguém lhes poderá assimilar o conceito da sua criação, mesmo que as leia e releia. Ninguém as defendeu e portanto ficaram caídas no baú do esquecimento, sem apelo nem resgate possíveis, para todo o sempre.
De resto, existem línguas inteiras que desapareceram, as chamadas línguas mortas, que sucumbiram com as pessoas que as usavam, ou porque por via de uma guerra perdida, foram conquistadas por outros povos que obviamente impuseram depois as suas palavras, ou porque simplesmente não eram tão competentes na sua missão de garantir a comunicação das pessoas, e assim se viram ultrapassadas por outras línguas com abecedários, gramáticas e palavras mais capazes e apelativas.
Palavras até muito usadas noutros tempos, foram suplantadas por outras mais modernas de mesmo conceito, mas porventura mais bonitas ou simplesmente porque ditas e usadas por alguém mais importante ou cativante, sim porque a vida que se dá a uma palavra também depende muito de quem a diz, de quem a escreve e da maneira que o faz.
Dependendo da vontade, do jeito ou falta dele, a mesma palavra pode ser muitas coisas diferentes, desde enfadonha a sensual, autoritária ou até completamente indiferente, a culpa nunca será dela mas sim do mensageiro, quantas vezes as palavras são atraiçoadas, querendo dizer não dizem e a desdita não se diz.
O processo de criação de algo, seja de uma palavra, uma empresa, uma casa, um filho, um livro, o que for, pressupõe que alguém se opõe a que essa coisa surja e passe a existir neste mundo.
Esta força que nos impele e que tantas vezes é reprimida, pelos outros mas também por nós próprios, dita a diferença entre os Homens e estabelece o sucesso e o fracasso de cada um. Todos nós somos criadores, está na nossa natureza fazer acontecer coisas. Nós e tudo aquilo que nos rodeia formamos a Natureza deste mundo. De resto, a Natureza em si mesma, criando os criadores, é a magistral criadora de tudo!
Não precisamos de autorização de ninguém, para criarmos palavras apenas necessitamos de querer!
A nova palavra APOCALÍGRAFO surge então de um processo de criação concreto para dar nome a este livro, este conjunto de textos onde falo acerca do fim de um determinado tempo, o nosso tempo como o concebíamos e conhecíamos. Não confundir com o fim do mundo ou fim dos tempos, de resto não concebo que o tempo incorpore sequer o conceito de finitude, esse nem principia nem acaba!
APOCALÍGRAFO, “escrever acerca do fim de um determinado tempo”.

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