Bandeiras e Bandeirantes no Espirito Santo (1675)

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Bandeiras e Bandeirantes no Espirito Santo (1675)

Vida Capichaba
Revista Moderna Ilustrada

Na segunda metade do século XVII, o descobrimento de esmeraldas já não despertava a mesma confiança de outrora. Contudo, em 17 de outubro de 1651, o Conde de Castelmelhor ainda escrevia ao Capitão-mor do Espírito Santo, Manoel da Rocha de Almeida, animando-o: «Da Jornada das Esmeraldas trate V. M. com grande cuidado para maio, e todas as ordens que forem necessárias... enviarei com aviso de V. M. a quem Deus guarde.» (*Documentos Históricos*, V: 37).

Em 1659, Duarte Corrêa, que nenhum resultado obtivera em São Paulo, segundo asseverou Balthazar Lisboa, tentava, com esse intuito, explorar o interior dessa Capitania. Achava-se ali também, afirma Taunay, Salvador Corrêa, ainda preocupado em descobrir as lendárias esmeraldas (*História cit.*, II, 136).

Empossado em 1663, o capitão Joseph Lopes foi logo depois substituído por Brás do Couto de Aguiar (*Dæmon* erradamente chama Antônio do Couto), provido como «Capitão-mor dessa Capitania e Capitão juntamente da Companhia de Infantaria de sua guarnição» por patente de dezembro desse mesmo ano. Logo após, porém, o Conde de Óbidos, Governador-Geral, a 19 de fevereiro de 1664, ordenou que se entregasse a Capitania a Diogo de Seixas Barraça, que trazia patente de El-Rei, em cujas mãos havia «feito pleito e menagem della».

Essa nomeação devia ser consequência da nova ordem na administração do Reino: em 1662, terminara a regência da rainha D. Luísa de Gusmão, e subira ao trono D. Afonso VI, orientado, a princípio, pelo excelente e operoso ministro que foi o Conde de Castelo Melhor.

Em 1664, o Provedor-mor da Fazenda Real recebeu ordem de mandar cunhar a moeda em curso no Espírito Santo. Nesse mesmo ano, por patente de 19 de maio, D. Afonso nomeou Agostinho Barbalho Bezerra — o mesmo que, durante o motim de 1659, fora aclamado governador do Rio — administrador das minas, com a incumbência especial de descobrir a lendária Serra das Esmeraldas. A patente vem reproduzida à pág. 211 do vol. II dos *Annaes do Rio de Janeiro*.

**Rio, 1930**
*Mário A. Freire*

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