Raças De Víboras

1 month ago
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Os fariseus eram chamados de "raça de víboras" por Jesus porque, apesar de se apresentarem como líderes religiosos justos, suas ações revelavam hipocrisia e maldade. Em Mateus 3:7 e Mateus 23:33, essa expressão é usada para denunciar a falsidade dos fariseus e saduceus, que impunham regras rígidas ao povo, mas não viviam conforme os princípios de Deus. A comparação com víboras remete à astúcia e ao perigo que representavam, pois, em vez de guiarem o povo à verdade, espalhavam engano e legalismo.

Além da hipocrisia, os fariseus eram criticados por sua resistência ao verdadeiro arrependimento. João Batista os repreendeu ao vê-los indo ao batismo sem uma real mudança de coração, alertando que a ira de Deus estava próxima (Mateus 3:7-8). Jesus também confrontou sua obstinação, pois rejeitavam sua mensagem e, pior ainda, impediam que outros cressem. Como serpentes que envenenam silenciosamente, eles minavam a fé genuína, mantendo as pessoas presas a tradições vazias em vez de guiá-las à graça e à justiça de Deus.

O uso da metáfora "raça de víboras" também remete à serpente no Éden, símbolo de engano e rebeldia contra Deus. Ao chamar os fariseus assim, Jesus os associava à influência satânica, pois estavam mais preocupados com sua posição e poder do que com a verdade. Eles planejavam armadilhas para desacreditá-lo e, no fim, participaram ativamente de sua condenação. Dessa forma, o título não era apenas uma crítica à sua conduta, mas uma revelação de sua real natureza: falsos guias que levavam o povo à perdição, em vez de à salvação.

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