DEMOCRACIA NÃO É ARROZ DE FESTA

DEMOCRACIA NÃO É ARROZ DE FESTA

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Tempos se vão, e há quem diga “tempo bom”.

Era comum se fazer “brincadeiras dançantes” nas tardes de sábado ou domingo.

Eram pequenas reuniões da moçada na faixa dos 13/14/15 anos, geralmente colegas de classe mais chegados, para dançar ao som de toca-discos e, também, para bate-papos, docinhos e salgadinhos, sob os olhares atentos dos pais do(a) anfitrião(ã).

Cada final de semana poderia acontecer uma em alguma casa.

Naqueles tempos era comum em festividades a presença do arroz doce, mas também era comum alguém se fazer presente em todas as brincadeiras dançantes, daí então se dizer que fulano ou fulana é arroz de festa.

E a democracia com o “arroz de festa?” O que tem “a ver com isso” ou “em haver com isso”? Muito simples.

Democracia não é arroz de festa, assim não é para estar em palanques, quer sejam presidenciais, ministeriais e/ou eleitorais por quaisquer motivos, principalmente os vergonhosos, mentirosos e irrelevantes; também não é para estar na boca de um qualquer, como a droga na boca dos decaídos.

Acrescente-se a tudo isso que democracia não tem dono, não precisa de guardiões, de defensores e/ou de amantes, ela não combina com isso; ela é autodefensiva e tem vida própria, não sendo como plantas que precisam o tempo de todo de alguém regando.

Democracia não é para ser festejada e bajulada; resumindo, democracia não é para ser discursada, falada, escrita ou cantada.

Então se pergunta: para que serve a democracia?

Democracia, por seus praticantes conscientes de seus direitos, deveres e obrigações nela inseridos, serve para ser vivida em todos os ambientes no dia a dia; por todos de manhã de tarde e de noite onde quer que estejam; é para ser praticada igualmente por todos plenamente em seus direitos.