Há meses sem salário, professores fazem manifestação na China

Meio-ano sem salário. Um grupo de trabalhadores se manifestou na quarta-feira com essa mensagem, em uma cidade no sul da China.

Relatos anteriores indicam que a empresa em questão é uma emissora estatal do partido comunista chinês, que supostamente pagaria bem e ofereceria vários benefícios.

A China enfrenta problemas econômicos graves: Pouco crescimento, recorde de desemprego entre os jovens e uma crise da dívida local. A necessidade de precisar reivindicar o próprio salário tem se tornado cada vez mais frequente dentro do país comunista.

Outra manifestação recente ocorreu na província central de Hunan. Um vídeo compartilhado online mostra centenas de professores em greve e sentando-se nas entradas de duas escolas secundárias locais. Os professores protestavam porque as escolas estavam há vários meses sem pagar seus funcionários

No nordeste da China, outro vídeo mostra centenas de professores aposentados reunindo para apoiar uma petição. O relato é de que suas pensões não haviam sido pagas. O ex-jornalista chinês Zhao Lijian tem acompanhado de perto os eventos recentes. Ele disse à Voice of America que ninguém agiu de forma agressiva, mas que as manifestações pacíficas demonstram força na atual sociedade chinesa. Ele explicou que autoridades chinesas entram em alerta máximo sempre que há qualquer indicador de aglomeração de pessoas. As forças armadas são frequentemente mobilizadas para reprimir as manifestações. Durante os três anos de confinamento pandêmico na China, Zhao descreveu uma espécie de despertar espiritual entre o povo chinês o que, segundo ele, inspirou as pessoas a criticarem abertamente a liderança do país.

*Corte da reportagem que foi ao ar em 12.09.23

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