Historia da Cidade de Ribas do Rio Pardo Mato Grosso do Sul

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Historia da Cidade de Ribas do Rio Pardo Mato Grosso do Sul.
Ribas do Rio Pardo é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. Dista 102 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e a sede do município localiza-se às margens da rodovia BR-262 e da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Às margens da rodovia, também encontram-se grandes áreas destinadas para instalação de empresas e indústrias, onde encontram-se instaladas empresas de reflorestamento, serrarias, mínero-siderúrgico, entre outras empresas.
História.
Apesar de muitas vezes começarmos a escutar a história a partir da chegada dos europeus na América, a região onde hoje se compreende os limites geográficos de Ribas do Rio Pardo outrora fora território de diversas populações indígenas as quais ao longo da história de contatos com as populações euroamericanas foram suprimidas, escravizadas e desterritorializadas.

Dados arqueológicos apontam uma intensa ocupação de grupos diferentes sobre o mesmo território, uma vez que a região é zona de transição para biomas diferentes e de características ambientais bem peculiares. Os arqueólogos Emilia Kashimoto e Gilson Rodolfo Martins, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) vem desenvolvendo diversas pesquisas nas últimas décadas e melhorando a compreensão da complexa ocupação da região do Mato Grosso do Sul. Em seus estudos apontam que durante a mesma faixa de tempo, diversos grupos utilizavam a região de diferentes maneiras. Datas recudas 1.300 a 300 anos antes do presente para a presença de Guarani para a região, assim como, para populações Aruak se tem evidências que vão de 1500 a 300 anos antes do presente. Obras compilatórias como o Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes de Curt Nimuendajú[11] apresentam importante compreensão da geopolítica etnográfica brasileira.

O município de Ribas do Rio Pardo em específico já possui mais de 20 sítios arqueológicos registrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/IPHAN) em sua maioria sítios relacionados atividades de confecção de artefatos de uso diário, como lanças, flechas e facas de serviço. Suas pesquisas ainda estão em andamento em dentro em breve novas informações devem dar maior compreensão as especificidades dos grupos associados.

As terras que atualmente compreendem o município de Ribas do Rio Pardo, foram devassadas, nos meados do primeiro terço do século XVII, pelos bandeirantes paulistas, que, partindo de São Paulo, seguiam os Rios Tietê e Paraná, subiam o Rio Pardo, venciam o varadouro para Camapuã, daí partindo em busca das terras do norte e das minas de Pascola Moreira e Sutil. Inicialmente as terras de Ribas do Rio Pardo não seduziram os sertanistas, cujo principal objetivo eram a extração de ouro e apreensão de populações indígenas para escravizar e comercializar aos engenhos que se desenvolviam Piratininga ou no litoral.[12]

No período compreendido entre 1822 e 1840, com a abertura da estrada de Piquiri e consequente abandono da rota do Rio Pardo, os Garcias deram início ao povoamento de Santana de Paranaíba. Em sua esteira segue o mineiro Joaquim Francisco Lopes, sertanista audaz e irrequieto que inicialmente se instala, nas margens do Rio Paraná, com fazenda de criação de gado. Abandona a propriedade e dá largos a seu espírito de aventuras, percorrendo todo o extremo sul do Estado, inclusive parte do Paraná e São Paulo; para logo a seguir, se achar em Cuiabá, acertando com o Governador a abertura da estrada de Piracicaba.[12]

Em 1835, arranchado nas barrancas do Rio Paraná, encontra o cuiabano Eleutero Nunes que lhe relata a existência dos campos e aguadas do Rio Pardo, com excelentes perspectivas para a criação de bovinos. No ano seguinte, parte o sertanista em direção ao Rio Pardo, demarcando novas posses e distribuindo-as a companheiros seus vindos de Santana do Paranaíba; dando assim início à povoação da região de Ribas do Rio Pardo.[12]

Apesar do registro de vestígios das monções jesuíticas e da passagem ou mesmo curta permanência de expedições exploratórias, a formação do povoado se deu somente por volta do ano de 1900, quando se registrou concretamento a fixação dos primeiros moradores; os irmãos João e José dos Santos, mineiros de Uberaba que fixaram residência e comércio próximo à confluência dos Rios Bota e Pardo. Outros moradores para ali se deslocaram, oriundos de Santana do Paranaíba, em companhia do capitão Manoel Garcia Tosta. Posteriormente, afluíram ao pequeno povoado os baianos Vitorino Pereira da Silva, Agrícola Sancho da Silva, Antônio Aparecido, José Alves, Francisco Alves de Araújo e Estevam Pereira de Almeida; o paulista Justino Rangel e o mineiro Modesto Luiz de oliveira, pioneiros que muito contribuíram para o seu desenvolvimento[12].

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