Historia da Cidade de Jardim Mato Grosso do Sul

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Historia da Cidade de Jardim Mato Grosso do Sul.
Jardim é um município brasileiro, da região Região Centro-Oeste do Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul. Fundada em 1946, seus primeiros moradores foram operários da construção da rodovia que ligaria o Brasil à fronteira com o Paraguai, a qual permitiu e ao município tornar-se uma cidade-polo e ter uma posição geográfica privilegiada.[9] A cidade é conurbada com Guia Lopes da Laguna, a qual possui, junto com esta, 34.581 habitantes.

É um dos quatro municípios que integram o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena (juntamente com Guia Lopes da Laguna, Bonito e Bodoquena), apresentando grande potencial turístico. Jardim também possui um grande potencial no segmento do Turismo Histórico-Cultural, pois detém vários monumentos relacionados à Retirada da Laguna, um dos episódios da Guerra do Paraguai. Além do pioneirismo no artesanato em osso, madeira e couro, conhecido e comercializado nacionalmente e internacionalmente.[10]. Com o objetivo de incrementar o ecoturismo no Programa de Desenvolvimento do Turismo, recentemente houve investimentos de mais de R$ 130 milhões em obras e programas de saneamento, pavimentação e incentivo ao ecoturismo na região da Serra da Bodoquena.
História.
Primórdios
A Fazenda Jardim
A história de Jardim está diretamente ligada à Guerra da Tríplice Aliança, palco do capítulo da Retirada da Laguna. Ao chegar ao sul do Mato Grosso, José Francisco Lopes fundou, às margens do rio Miranda, uma fazenda de nome Jardim, onde se dedicou à pecuária. Com o início dos conflitos da Guerra do Paraguai, Lopes tornou-se peça fundamental aos soldados brasileiros por ser grande conhecedor da região, guiando os soldados até Bela Vista. Após a Batalha do Nhandipá, Carlos de Morais Camisão ordenou a retirada das tropas, futuramente conhecida como A retirada da Laguna.

José Francisco Lopes, o guia Lopes, novamente guiou os soldados na retirada. Na margem esquerda do rio Miranda, guia Lopes faleceu. Enterrado no meio do acampamento junto com coronéis e soldados mortos pela cólera morbo. Hoje esse local é chamado de Cemitério dos Heróis. Os soldados que restaram esperaram a correnteza do rio abaixar para acessar o pomar da fazenda Jardim, na margem direita do rio Miranda. Na ânsia da fome, comeram as laranjas do pomar da fazenda, recuperando as forças para terminar a retirada.
Construção da ponte sobre o Rio Miranda.
Por volta do ano de 1934, houve a necessidade de se construir uma rodovia que ligasse o município de Aquidauana à Porto Murtinho e Bela Vista, ambos na fronteira com o Paraguai.[13][14] Iniciadas as obras nas margens do rio Miranda, tendo em vista a continuidade das obras o batalhão, criado pelo presidente Getúlio Vargas, se desloca para a margem direita do Rio Miranda. Na época, existia um vilarejo chamado patrimônio Guia Lopes (onde hoje é o município de Guia Lopes da Laguna). Com a construção da ponte sobre o rio Miranda, o batalhão mudou-se para a margem esquerda do rio.

Desenvolvimento
Município de Jardim e Divisão de Mato Grosso
Diante das dificuldades encontradas na época, havia a necessidade da criação de uma comissão própria. Nascia assim, no dia 3 de março de 1945, a CER-3 (Comissão de Estradas e Rodagem Nº3),[13] que era uma organização militar ligada ao Ministério da Guerra.[15] Após a sua criação, a CER-3 impulsionou o desenvolvimento do vilarejo de nome Jardim. O comandante da CER-3, Major Alberto Rodrigues da Costa, loteou e vendeu aos seus funcionários as terras da Fazenda Jardim, compradas ao proprietário, Fábio Martins Barbosa. A data de entrega dos lotes é considerada a data de fundação de Jardim, na época distrito de Bela Vista, fato ocorrido em 14 de maio de 1945. O distrito de Jardim foi elevado a distrito-sede em 11 de dezembro de 1953, e comarca em 15 de novembro de 1969. Em 1977 o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul. Em 30 de janeiro de 1981, foi criada a Diocese de Jardim.[16] Logo após o término da construção da rodovia, a CER-3 permaneceu na região, extinta em 1986, dando lugar à 4.ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, ligada ao Comando Militar do Oeste.

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