historia da cidade de Campos Novos Santa Catarina

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historia da cidade de Campos Novos Santa Catarina.
Campos Novos é um município brasileiro no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Pertence à Mesorregião Serrana e Microrregião de Curitibanos e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 370 km. Ocupa uma área de aproximadamente 1 660 km², e sua população foi estimada em 2021 em 36 861 habitantes, sendo então o 40º mais populoso do estado.

A região começou a ser desbravada no decorrer do século XVIII, sendo que até então era povoada exclusivamente pelos índios kaigangs. Fundada em 1881, passou por um período de crescimento demográfico no começo do século XX, com a vinda de imigrantes à procura de emprego e de refugiados da Guerra do Contestado. Foi nessa época em que Campos Novos descobre sua vocação agrícola, sendo atualmente um dos principais produtores de alimentos como milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado, além de se destacar na pecuária e na apicultura.

Campos Novos também possui alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como a Igreja Matriz de São João Batista, a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que chega a atrair uma média de 70 mil fiéis. A Usina Hidrelétrica de Campos Novos, construída em 2006, é a responsável pela geração de energia de um quarto de Santa Catarina.
A história de Campos Novos, assim como a de todos os demais municípios que formam o grande Oeste Catarinense, possui os seus primórdios determinados nos momentos que caracterizaram as mais antigas experiências de povoamento da Região Sul do Brasil. Desse modo, é coerente dizer que, antes de surgirem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (trabalho dos paulistas vicentinos que se aventuraram no mar em busca de novas peripécias),[9] já o Oeste Catarinense percebia a proximidade dos espanhóis que, em companhia dos jesuítas, exploravam a região que se estendia do rio Iguaçu até o Uruguai.[10] Mais tarde, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares caminhou por estas paradas e, unido aos índios coroados, começou a perseguir fortemente os aldeamentos de silvícolas, consequência da obra de empreendimento catequético daqueles sacerdotes. Até 1770, entretanto, ano em que deixaram de viajar pelo sul, já que lhes atraiu grande interesse o ouro das capitanias de Goiás e de Mato Grosso — os paulistas nada trocaram por estas terras, como experiências, no mínimo, de colonização da região.

De algum modo o relato histórico deste município passa a tomar forma com a expedição liderada pelo major Atanagildo Martins que, conduzida pelo índio Jongong, em 1814, objetivava estabelecer contato com as Missões. Quando se afastou da rota tracejada, em função do terror dos índios guaranis causado em seu guia, essa expedição chegou aos campos de Vacaria, depois de, sem dúvida, ter percorrido os campos em que atualmente se localiza este município. É provável, no entanto, que certos proprietários, oriundos de Lages, por ali já estavam estabelecidos em definitivo no ano de 1839.[11][13]

João Gonçalves de Araújo, proprietário rural, em Curitibanos, descobriu Campos Novos. Encantado pela fumaça das queimadas ocasionadas pelos indígenas, preparou uma expedição e se dirigiu para a Serra do Espinilho. Desse modo, se fixaram na terra os primeiros colonizadores, logo ajudados no trabalho da ocupação pelos gaúchos fugitivos da Revolução Farroupilha. Entre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos estavam associados com as primeiras obras de que originaram este município. Em 1848, os paulistas ressurgiram, conquistando os campos de São Jorge. Ou melhor, juntos dos forasteiros vindos de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos gaúchos, foram a base do fator importante entre os que mais colaboraram para a organização da comunidade.

A colonização não começou exatamente no local onde se acha, próspera, a cidade de Campos Novos. Anteriormente, se desenrolou, propriamente dito, em ponto longe de um quilômetro da cidade, na beira de um regato. Foi Salvador Vieira, que, se afastando do incipiente povoado, construiu a primeira casa no interior do perímetro desta próspera cidade. Certo momento depois, já demarcada a povoação, Domingos Matos Cordeiro começou a erguer a igreja Matriz de São João Batista.

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