A HISTÓRIA IMPRESSIONANTE de AKHENATON - O FARAÓ de um ÚNICO DEUS!

O Faraó Akhenaton é, para muitos, a figura mais interessante do Antigo Egito, e continua das mais polêmicas. Apesar de boa parte de seus monumentos terem sido sistematicamente destruídos pelos Sacerdotes de Amon, o objetivo destes - apagá-lo da história - não poderia ter sido um fracasso maior.

Poucos Faraós tem a vida tão estudada até hoje como Akhenaton. Sem dúvida, ele foi um homem extraordinário.

Nascido a cerca de 1370 anos antes de Cristo - época em que a grande Pirâmide de Quéops já tinha mais de mil anos de existência - Akhenaton foi Faraó da XVIII Dinastia, que tinha no herói Thutmósis I o seu fundador e Pai do Império Novo, por ter liberto o Egito da dominação dos Hicsos.

Os antecessores de Akhenaton - notadamente Tutmósis III, Amenófis II, Tutmósis IV e seu pai, Amenófis III - gradativamente daram origem a posições que seriam levados por Akhenaton até às últimas consequências.

Esses Faraós buscavam conter o acúmulo de poder, riquezas e influência entre os Sacerdotes de Tebas, servos do principal deus do Egito na época: Amon. O clero Tebana havia se mundanizado, e muitos dos seus Sacerdotes viviam como empresários e políticos muito mais do que religiosos.

Além disso, Amon era um deus nacionalista. Sua devoção parecia útil durante o período de libertação nacional do Egito frente aos invasores Hicsos... mas naquele momento, era um empecilho.

O Egito dominava todo o mundo conhecido, e logo aparecia a necessidade de uma religião que não fosse exclusiva deste ou daquele povo, mas que falasse a todos os homens.

Seguindo o caminho de seu pai, o Faraó Amenófis IV mudou seu nome para Akhenaton e tomou como meta principal de seu governo o estabelecimento de uma nova Religião que, resgatando elementos já considerados antiquíssimos no Egito, vindos de Heliópolis, afirmasse Aton como Deus único e supremo do Império.

Aton era o Disco Solar, ou seja, um Deus Criador, invisível e imaterial, que tinha no sol a sua maior Nobre manifestação, mas que não se limitava a ele. Não era representado por imagens, e seu principal templo era aberto ao povo - ao contrário dos demais templos egípcios, que continham sessões exclusivas para os Sacerdotes.

Aton é considerado o Deus Único, fonte da vida, cuja beleza e bondade se manifestam na perfeição das suas criaturas, que eram celebradas na arte Atoniana.

Naturalmente, as reformas radicais de Akhenaton suscitaram inúmeros adversários - ao mesmo tempo em que o Egito começava a enfrentar problemas inéditos em sua política internacional - suscitando dificuldades grandes demais para serem solucionadas pelo Rei.

Apesar do fracasso de sua empreitada, Akhenaton ainda fascina quem conhece sua história, e a margem de teorias esdrúxulas, forçadas e caricatas sobre sua pessoa (ele já foi até chamado de Alien!) talvez a Fé deste Faraó fosse mais próxima da nossa Fé Católica do que ousaríamos pensar a primeira vista...

Entenda!

FONTES:

De longe, a principal é:

JACQ, Christian - Akhenaton e Nefertiti, o Casal Solar. Ed. Hemus, 1ª ed, 1978.

Capítulos complementares em outras obras que auxiliam o estudo:

SAURAT, Dennis - Historia de Las Religiones, 1939, Chile. Ed Zig-Zag. pps. 64-69.

GLASENAPP, Helmuth Von - Religiões Não-Cristãs. Enciclopedia Meridiano Fischer. Ed. Meridiano. Religião Egípcia pgs. 238-255.

POTTER, Ch. F. - História das Religiões. Ed. Universitária. 1ª Ed. pp.13-39. [É esta a mais fraca das obras pesquisadas].

CHALLAYE - Pequena História das Grandes Religiões. IBRASA. 1967. pgs. 53-56.

DRIOTON, Etienne; CONTENAU, Dr. Georges e GUILLEMIN, J. Duchese - As Religiões do Antigo Oriente. Sei e Creio, Enciclopédia do Católico. Flamboyant. pp. 33-35.

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00:22:43 O contexto dos antecessores do Faraó Akhenaton. A XVIII Dinastia.O Poder dos Sacerdotes de Amon.
00:35:15 O papel do deus Aton, o disco Solar; no Reinado do pai de Akhenaton.
00:40:30 A Religião Atoniana.
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