A barra do Crossfit

1 year ago

Sempre que prescrevemos um exercício é importante observamos segurança e eficiência na sua execução. Em geral, procuramos movimentos e posições naturais, confortáveis e/ou estáveis, orientados para otimizar o trabalho dos músculos almejados.
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Por exemplo, em uma barra procura-se estabilizar o tronco e realizar os movimentos de extensão/adução de ombros e flexão de cotovelos. Isso porque, por mais que haja envolvimento do abdômen, ele não é músculo principal. A oscilação do corpo tira a tensão dos músculos das costas e braços e cria um impulso que auxilia na realização do movimento. Essa “roubada” acabou sendo incorporada nos treinos de algumas modalidades justamente por tornar o exercício mais fácil, permitindo uma maior quantidade de repetições.
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Assim, o benefício fica evidente: fazer mais repetições. E os custos são: menor trabalho dos músculos de costas e braços e maior risco, já que a oscilação pode fazer com que as mãos se soltem e a queda normalmente ocorrerá com impacto na coluna cervical. Um local frágil e por onde passam nervos que se comunicam com basicamente todo seu corpo do pescoço para baixo.
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Sendo mais claro, o benefício de mais repetições vem ao custo de você desenvolver menos seus músculos e correr o risco de ficar tetraplégico. Pode-se amenizar isso? Sim. Usando recursos que dificultem a pegada de soltar, como straps e recursos aderentes ou colocando proteções para amortecer a queda. No entanto, mesmo com todos os cuidados, a variação continuará sendo um risco maior do que fazer barras com o tronco estável e com menor trabalho muscular.
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Não estou condenando ou defendendo, apenas sendo claro.
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Paulo Gentil (www.paulogentil.com )

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