Aurélio Zaluar, jornalista e ufólogo do Caso Máscaras de Chumbo, entrevistado por Cláudio Suenaga

2 years ago
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Podemos dizer que Aurélio Zaluar militava na Ufologia enquanto exercia o jornalismo e exercia Ufologia enquanto militava no jornalismo, sua profissão.

Certamente muitos casos importantes não teriam chegado ao conhecimento dos ufólogos não fossem as matérias de Zaluar, que dos anos 60 aos 80 atuou em vários jornais e revistas do Rio de Janeiro e em agências de notícias internacionais, que por sua vez difundiam a rica casuística brasileira para o exterior, atraindo pesquisadores norte-americanos, europeus e asiáticos para o nosso território.

No campo do “jornalismo especializado em Ufologia”, Zaluar contribuiu escrevendo artigos para a revista OVNI/UFO Documento, editado no final dos anos 70 pela ufóloga decana Irene Granchi, e sendo ele mesmo editor de uma revista de enigmas e mistérios – incluindo ufologia – da editora Globo.

Frequentador assíduo de reuniões de grupos de Ufologia do Rio de Janeiro, conviveu de perto com ufólogos pioneiros como Irene, sua amiga pessoal, Walter Karl Bühler e Alfredo Moacir de Mendonça Uchôa. Conheceu o ufólogo francês Aimé Michel no apartamento de Irene e o astrofísico e ufólogo norte-americano Josef Allen Hynek no histórico 1º Congresso de Ufologia de Brasília, realizado entre 26 e 30 de outubro de 1979, do qual participou como conferencista. Zaluar esteve presente em todos os congressos organizados pelo Centro de Investigações Sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE), presidido por Irene, e era figurinha carimbada em eventos do gênero.

Zaluar notabilizou-se por ter sido um dos jornalistas que cobriram um dos casos policiais brasileiros mais intrigantes de todos os tempos, em que dois técnicos em eletrônica, Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana, da cidade de Campos, no Rio de Janeiro, morreram em circunstâncias misteriosas ao tentarem entabular contatos com extraterrestres no Morro do Vintém, em Niterói, na noite de 17 de agosto de 1966. Ambos traziam sobre seus rostos duas máscaras de chumbo, motivo pelo qual o caso ficaria conhecido como o das “Máscaras de Chumbo”.

No final de abril de maio de 1980, o ufólogo e astrofísico francês Jacques Vallée veio ao Rio de Janeiro e escalou o Morro do Vintém acompanhado de sua esposa Janine, de investigadores, pesquisadores, ufólogos e jornalistas cariocas, entre eles Zaluar, que aparece bem atrás de Vallée na foto publicada no livro que este escreveria posteriormente, Confrontos: A Pesquisa e o Alerta de um Cientista sobre Contatos Alienígenas (São Paulo, Best Seller, s.d.).

Logo no início do livro, Vallée conta como foi sua experiência de escalar o Morro do Vintém. Um detalhe que ele deixou de mencionar, no entanto, é que Zaluar sofreu os efeitos da radiação residual que remanescia – ou remanesce – ali depois de mais de 10 anos. Conforme nos revelou Zaluar, em todas as partes de seu corpo surgiram erupções cutâneas esquisitas que foram difíceis de tratar.

Tive a honra e o privilégio de entrevistar Zaluar por telefone em um domingo de verão, 19 de janeiro de 2003. Na ocasião, ele continuava residindo em Niterói, perto do Morro do Vintém, e era proprietário e editor do Jornal Opção, sito à Avenida Amaral Peixoto. Estava então com 75 anos e lutava bravamente contra um câncer na próstata, que o acabou vitimando em julho de 2005.

Você pode ler a transcrição completa desta entrevista em meu blog: https://www.claudiosuenaga.com.br/post/690653849825034240/aureliozaluar

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