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[CHORINHO NO TROMPETE} Carinhoso, pixinguinha
Usando o backtracking do canal Andy Carvalho: https://www.youtube.com/watch?v=BfQzfMMLTpc&t=6s
#carinhoso #choro #trompete
Considerada nosso “segundo hino nacional”, “Carinhoso” é uma das canções mais lembradas pelos brasileiros1. Escrita por volta de 19172, ela perdura na memória auditiva de gerações e testemunha, nos vários registros, as mudanças por que passou a música popular brasileira. A declaração de Pixinguinha (1987-1973) sobre sua composição é reveladora:
Quando fiz a música, Carinhoso era uma polca lenta. Naquele tempo, tudo era polca. O andamento era esse de hoje. Por isso, eu chamei de polca-lenta ou polca vagarosa. Depois, passei a chamar de choro. Mais tarde, alguns acharam que era um samba3.
De fato, ao longo de suas regravações, “Carinhoso” registra a sedimentação dos gêneros musicais brasileiros.
Segundo as lembranças de Pixinguinha, “Carinhoso” surge como uma polca atípica: possuía apenas duas partes (ABAB4), numa época em que se exige do gênero que seja ternário (ABACA). Por isso, o compositor não cogita gravá-la ou editá-la em partitura, deixando-a “encostada” por muitos anos. Seu primeiro registro, sob a denominação “choro” e ainda sem letra, é realizado em 1928, na Parlophon, onde Pixinguinha trabalha como arranjador. É interpretada por uma banda de sopros, a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, num andamento mais rápido do que o executado hoje em dia. A gravação apresenta o famoso baixo que, na primeira parte da música, preenche as notas longas no fim de cada frase da melodia principal. Esse recurso, que imprime à peça um dinamismo harmônico inovador, é considerado, à época, efeito da “jazzificação” de Pixinguinha, que andaria “influenciado pelos ritmos e melodias da música de jazz”5. Segundo Cruz Cordeiro (1905-1984), crítico de discos da revista Phonoarte, a “introdução [da música] é um verdadeiro fox-trot” e, “no seu decorrer, apresenta combinações de pura música popular yankee”6. Uma gravação semelhante é realizada pela Victor, em 1929, ano em que “Carinhoso” integra a trilha do filme Acabaram-se os Otários (1929), de Luiz de Barros (1893-1982).
Segundo o biógrafo de Pixinguinha, Sérgio Cabral (1937), o primeiro compositor a escrever uma letra para “Carinhoso” é Benoit Certain, que chega a cantá-la num programa de rádio, sem sucesso. Pouco depois, em 1936, a cantora Heloisa Helena (1917-1999) pede ao compositor Braguinha que escreva novos versos para a canção. Pretende interpretá-la num espetáculo beneficente organizado pela primeira-dama Darcy Vargas (1895-1968). É essa a versão que se imortaliza, mesmo sendo alvo de desconfiança. Talvez por conta da simplicidade da letra, Francisco Alves (1898-1952) e Carlos Galhardo (1913-1985) recusam-se a gravá-la, ficando seu registro a cargo do pouco conhecido Orlando Silva (1915-1978). Mesmo duvidando da qualidade dos versos, Silva encomenda uma nova letra a Pedro Caetano (1911-1992). O diretor da Victor, contudo, insiste na versão de Braguinha, que alcança enorme sucesso na voz do “cantor das multidões”.
Uma das qualidades da canção é a sintonia entre estrutura musical e narrativa poética. Os versos enunciam os sentimentos de um enamorado que, após observar sua amada de longe (“Meu coração, não sei por quê/ Bate feliz quando te vê”), imagina como seria declarar seu amor (“Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso/ E o muito, muito que te quero”) e, finalmente, consumá-lo (“Vem sentir o calor dos lábios meus/ À procura dos teus”). Esses três momentos, carga emotiva crescente, correspondem às três seções da música (e não duas, como afirmava Pixinguinha). A primeira, em Fá maior (do início até “foges de mim”), a segunda, em Lá menor (de “Ah se tu soubesses” até “não fugirias mais de mim”) e a terceira, em Fá maior (de “Vem sentir o calor” até o final). Musicalmente, essas seções também acumulam uma tensão progressiva, sobretudo na passagem da segunda para a terceira partes, ligadas por uma ponte modulatória7 (“Vem, vem, vem, vem”), que prepara o retorno à tonalidade inicial.
Outro elemento que pode explicar o sucesso da gravação de Orlando Silva – cujo selo indica o gênero “samba estilizado” – é o arranjo, atribuído a Pixinguinha. Nele, a banda de sopros da gravação de 1928 cede lugar a um arranjo regional (flauta, dois clarinetes, violão, cavaquinho, bateria e contrabaixo). Além disso, o andamento é mais lento, o que atribui uma aura sentimental à peça, condizente com a letra. Orlando Silva ajuda a imprimir esse caráter à composição ao estender ou encurtar a duração de algumas sílabas. Tal efeito é perceptível na segunda estrofe (“E os meus olhos/ ficam sorrindo...”), quando o cantor substitui o ritmo característico do maxixe, presente na versão instrumental, por outro mais fluido, quase tercinado. Outra novidade de 1937 é a introdução, que não aparece em nenhuma das versões anteriores8. Faz tanto sucesso, que é agregada à composição.
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