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ADLER BERRIMAN "BARRY" SEAL - O PILOTO AMERICANO QUE ENGANOU A CIA, A DEA E O CARTEL DE MEDELLÍN !!!
Nascido em Baton Rouge, no estado de Louisiana, o estadunidense Adler Berriman Seal seguia uma vida pensando nos ares. Aos 16 anos, já concluía a escola de pilotagem aérea e acumulava horas suficientes para ingressar no ramo da aviação. No ano seguinte, aos 17, já era um piloto privado com certificado.
Além do talento e foco, serviu por seis anos na Guarda Nacional do Exército de seu estado, chegando a compor o 20º Grupo de Forças Especiais antes de migrar para a área comercial, em 1964. Ingressando como engenheiro de voo na Trans World Airlines, Barry foi um dos mais jovens pilotos na história dos Estados Unidos a guiar um Boeing 707.
Mudança de planos
A virada em sua carreira foi a partir de 1972, quando foi preso em uma operação de contrabando. A acusação, afirmando que o estadunidense levava explosivos plásticos ao México em um jato particular, inocentou Barry, porém, resultou em sua demissão na companhia aérea, visto que o piloto havia falsificado um atestado médico para realizar a viagem.
Sem emprego, abraçou a causa do contrabando e passou a transportar pequenas quantidades de maconha em 1976 e, posteriormente, de cocaína. O valor pago chegava a ser 10 vezes maior pelo valor anteriormente recebido quando por voo quando trabalhava como piloto comercial.
Quando voltava de uma operação de contrabando no Equador, Seal teve seu avião interceptado em Honduras, em dezembro de 1979. Apesar de não encontrar drogas, um rifle M-1 foi localizado pelas autoridades. A acusação deixou Barry na prisão por oito meses, porém, já integrado aos negócios, começou a ser uma espécie de filial americana para a criação de estratégias de contrabando.
O auge dos ganhos
Enquanto esteve preso, contratou seu ex-cunhado William Bottons como piloto e planejava rotas e planos para os contrabandos internacionais. Quando foi liberado, além conseguir recuperar o dinheiro recolhido pelas autoridades hondurenhas, William havia feito amizades financeiramente vantajosas na América do Sul; Seal era apresentado ao Cartel de Medellín, de Pablo Escobar.
Transportando cocaína da Colômbia para a América do Norte, o piloto chegou a receber US$ 500 mil em uma só viagem. Os ganhos altos deram a possibilidade para Barry realizar operações mais cuidadosas, com mais comparsas; voando em alturas baixas, despachava os pacotes com drogas de maneira gradativa ao longo da área rural de Louisiana, onde uma equipe contratada recolhia em terra e transportava para os traficantes da Flórida.
Barry chegou a comprar uma aeronave apenas para não levantar suspeitas de suas atividades frequentes em aeroportos norte-americanos, mas foi finalmente detido em 1981, após ser capturado por um agente infiltrado da agência de Administração e Fiscalização de Drogas (DEA).
O mais novo informante
Após passar dois anos foragido, o piloto se entregou às autoridades federais em 1983, tentando fazer um acordo com as forças-tarefa da Flórida e de Baton Rouge, sem sucesso. Porém, após ser julgado e condenado por todas as acusações envolvendo seu nome, a DEA reconheceu seu potencial como informante e ofereceu um contrato de sigilo para reverter sua sentença como contrabandista no tribunal da Flórida.
Em sua primeira operação com as autoridades, Barry aproveitou sua influência com o cartel de Pablo Escobar e realizou o contato com o traficante diversas vezes, a pedido do DEA. Para a surpresa dos agentes federais, o aviador aproveitou as diversas viagens para a Colômbia justamente para contrabandear mais drogas e tirar um dinheiro por fora das investigações, utilizando as autoridades para desviar da própria fiscalização.
Quando descoberto pela CIA, o piloto se fez de desentendido e preferiu acalmar a situação dando informações precisas sobre o cartel, alegando que a operação foi necessária para que não houvesse desconfiança. Nos dois anos seguintes, a DEA preferiu manter Barry nos Estados Unidos como consultor e intermédio para o contato com Pablo Escobar no envio de agentes infiltrados.
O assassinato do traidor
Além de atuar como informante federal, Seal teve de cumprir parte de sua pena realizando serviços públicos no Exército da Salvação de sua cidade natal. Enquanto ajudava nas imediações, homens foram até o local e disparou diversos tiros no piloto, falecendo aos 46 anos, em 1986.
O ato, extremamente criticado pelas autoridades, foi essencial para a construção do Programa de Proteção a Testemunhas do FBI. A família de Barry foi incluída no programa, tendo os nomes e residências trocadas para evitar maiores problemas internacionais.
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