Lendo e Comentando (#9) - Viagem Espírita em 1862

2 years ago
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00:01:05 - A missão de Allan Kardec
00:02:20 - Anúncio do estudo sobre o rustenismo no Polêmica Espírita
00:06:52 - O hábito indesejável de apenas ir ao centro espírita e alienar-se do Movimento como um todo
00:09:37 - Os inimigos do Espiritismo e as falsas informações
00:11:20 - "Espíritas" atacando a Doutrina
00:15:00 - Kardec perante os detratores da Doutrina
00:20:00 - O Auto de Fé de Barcelona
00:21:08 - O "revide" de Kardec
00:27:10 - Os ataques serviram ao Espiritismo como meio de propagá-lo
00:30:00 - Os eternos questionadores
00:31:18 - Os "negacionistas" do movimento espírita
00:36:11 - Teorias sobre o mundo espiritual

Trecho estudado:

Os ataques pessoais jamais nos abalaram. Outro tanto não se pode dizer dos que são dirigidos contra a Doutrina. Algumas vezes respondemos diretamente a certas críticas, quando isso nos pareceu necessário, a fim de provar, se preciso for, que sabemos entrar na liça. E o teríamos feito com mais frequência, se houvéssemos constatado que esses ataques traziam prejuízo real ao Espiritismo; mas, quando ficou provado pelos fatos que, longe de prejudicá-lo, serviam à causa, louvamos a sabedoria dos Espíritos, empregando seus próprios inimigos para propagar a Doutrina e, graças à censura, fazendo penetrar a idéia em meios onde jamais teria penetrado pelo elogio. Este é um fato que nossa viagem constatou de maneira peremptória, uma vez que, nesses mesmos meios, o Espiritismo recrutou mais de um partidário.

Quando as coisas caminham por si sós, por que, então, se bater em ataques sem proveito? Quando um exército percebe que as balas do inimigo não o atingem, ele o deixa atirar à vontade e desperdiçar suas munições, bem certo de poder agir melhor depois. Em semelhante caso, o silêncio é, muitas vezes, um estratagema; o adversário, ao qual não se responde, julga não haver ferido suficientemente ou não ter encontrado o ponto vulnerável. Então, confiando no sucesso que imagina fácil, descobre-se e debanda em disparada. Uma resposta imediata o teria posto em guarda. O melhor general não é o que se atira de corpo e alma na refrega, mas o que sabe esperar e calcular o momento certo. Foi o que aconteceu a alguns dos nossos antagonistas; vendo o caminho por onde se aventuravam, era certo que nele se afundariam cada vez mais. Limitamo-nos a não intervir; e seus sistemas, muito mais cedo do que se esperava, foram desacreditados por conta de seus próprios exageros, o que não teríamos conseguido apenas com os nossos argumentos.

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