Ter um Centro

2 years ago
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Ter um Centro de Frithjof Schuon

O título escolhido para esse livro é por si só, sugestivo, provocativo e abarca toda a robustez desta grande obra. Assim como em outras obras suas; O #Homem no #Universo, A #Unidade Transcendente das #Religiões, #Forma e #Substância nas Religiões, nesta Frithjof Schuon considerado por muitos como o mais abrangente e arquitetônico #metafísico do século XX, desdobra de outra forma as dimensões profundas do seu conhecimento, a autêntica sabedoria das verdades #universais, cujos conteúdos provêm de fontes reveladas ou de sábios de diversas #civilizações.

Partindo do conceito de Integral do latim #Integrare, formado pelo prefixo In de “não” e o sufixo Tangere de “tocar”, intocado, inteiro, completo; o que possibilita enxergar a vida através da totalidade, sem restrições, possível somente aos grandes sábios e santos como #Plotino, Mestre #Eckhart, Sri Aurobindo e muito enfatizado atualmente por Ken Wilber, Schuon com seu discernimento implacável, sua nobreza infinita e cortesia e clareza nos diz: “Ser normal é ser homogêneo, e ser homogêneo é ter um centro. O homem normal é aquele cujas tendências são, se não totalmente unívocas, ao menos concordantes – isto é, suficientemente concordantes para servir como veículo para aquele centro decisivo que podemos chamar de senso do Absoluto ou amor a Deus. A tendência para o #Absoluto, para o qual somos feitos, é difícil de se realizar numa alma heteróclita – uma alma carente de centro, precisamente, e por este fato contrária à sua razão de ser. Uma alma assim é a priori uma “casa dividida contra si mesma”, destinada, portanto, à ruína, escatologicamente falando”.
A falta de um referencial interior, aliado a modernidade e um “humanismo” focada em um individualismo narcísico; ele continua: “no lugar do culto do santo e do #herói, temos o culto do “gênio”. Ora, um gênio é frequentemente um homem sem centro, em quem esta carência é substituída por uma hipertrofia criativa”.

Infelizmente com a morte de Frithjof Schuon, fomos privados, em seu #crepúsculo, de sua #inteligência mais penetrante e inspirada, cuja lucidez confrontava nosso tempo, obcecada como é por novidades banais, com a verdade permanente e beleza da #Sophia Perennis (Filosofia Perene). Através de seus escritos, ele nos ensinou, seus leitores, a como pensar com objetividade, como ver as causas das coisas em seus efeitos remotos e como #prever os efeitos remotos das causas presentes.

Boa leitura.

#FrithjofSchuon #TradiçãoPrimordial #FilosofiaPerene #TerUmCentro #TradiçãoPolar

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