TUBALCAIM - A DESCENDÊNCIA DOS MAÇONS

Streamed on:
328

SEGUNDO UMA LENDA DO GRAU DE MESTRE (TERCEIRO GRAU), pouco conhecida pelos próprios Maçons, TUBALCAIM certa vez surgiu diante de seu descendente Hiram Abif para informar-lhe sua genealogia, a genealogia dos descendentes de Caim.

OBS simceros: TUBALCAIM ERA DO TEMPO DO JARDIM DO ÉDEM (+/-6.000 anos a.C.).
HIRAN-ABIF ERA O FILHO DA VIÚVA CONSTRUTOR DO TEMPLO DE SLOMÃO
(APROXIMADAAMENTE 3.000 anos A.C.).
Uma lenda que envolve dois personagens com 3.000 anos de diferença

Essa lenda maçônica absorve a tradição talmúdica judaica e a do Sepher-ha-Zohar, e coincide em muitos pontos com o relato bíblico de Gênesis, dele diferindo em outros. Conta a lenda, que TUBALCAIM leva Hiram Abif até o centro da Terra e relata-lhe a tradição dos ferreiros mestres do fogo, dos descendentes de Caim, os CAINITAS:

Para melhorar as condições de vida de sua família, expulsa do Éden e entregue à própria sorte, Caim, sozinho, dedicava-se à agricultura, trabalhava a terra, semeava, cultivava, colhia e realizava penosamente todas as demais tarefas decorrentes. Enquanto isso, seu irmão Abel, indolentemente deitado sob a sombra de uma árvore, contentava-se em vigiar os rebanhos que apascentavam e se reproduziam livremente. Caim oferecia a Deus sacrifícios de frutas, trigo e outros produtos resultantes de seu penoso trabalho. Abel, ao contrário, oferecia em holocausto sacrifícios cruentos dos “primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura” (Gênesis 4:4). Enquanto a fumaça dos sacrifícios de Abel elevava-se em rolos aos céus, a de Caim espalhava-se pela terra, revelando a preferência de Deus pelos sacrifícios de sangue, pelas oferendas docilmente obtidas sem qualquer esforço de Abel, desdenhando os sacrifícios não cruentos, mas obtidos do trabalho penoso e do instinto criador de Caim. Inconformado com tal preferência, pondo em dúvida a autoridade e o senso de justiça de Deus, Caim matou seu irmão.

Após a morte de Abel, Adão e Eva tiveram um outro filho, por nome Sete (Gênesis 4:26), de mesma índole contemplativa e dócil de seu falecido irmão. A partir daí, a humanidade se dividiu em duas distintas linhagens: a dos SETISTAS, descendentes de Sete, e a dos cainitas, descendentes de Caim.

E CAIM então se uniu a LEBUDA e gerou ENOQUE (Gênesis 4: 17), que ensinou os homens a talhar a pedra, reunir-se em sociedade e construir seus edifícios. E ENOQUE gerou Irade (Gênesis 4:18), que conseguiu aprisionar as fontes e conduzir as águas fecundas.

E Irade gerou Meujael (Gênesis 4:18), que ensinou os homens a arte de trabalhar o cedro e todas as madeiras.

E Meujael gerou Metusael (Gênesis 4:18), que inventou a escrita.

E Metusael gerou LAMEQUE (Gênesis 4:19), que se uniu a Ada e a Zila.

Com Ada, Lameque teve dois filhos: Jabal e Jubal. Jabal foi o pai de todos os que habitam em tendas e têm gado (Gênesis 4:20), pois foi quem ergueu a primeira tenda e ensinou os homens a coser a pele dos camelos.

Jubal foi o pai de todos os músicos, pois foi quem primeiro produziu sons harmoniosos da harpa e do cinor (Gênesis 4:21).

Com Zila, Lameque também teve dois filhos (Gênesis 4:22):

TUBALCAIM e Naama. (Naama, que significa doçura), idealizou a arte da fiação.

TUBALCAIM foi quem ensinou aos homens as artes da paz e da guerra e a ciência de transformar os metais; foi o mestre de toda a obra de cobre e de ferro (Gênesis 4:22), de acender as forjas e soprar os fornos.

Tal como Noé salvou a si e a sua descendência SETITA das águas do Dilúvio construindo uma arca,

TUBALCAIM construiu galerias subterrâneas na montanha de Kaf, salvando a si e a sua linhagem CANANITA (na versão do filme Noé, recentemente exibido nos cinemas, TUBALCAIM se salvou entrando furtivamente na Arca).

Escoadas as águas, TUBALCAIM uniu-se à mulher de Cão, filho de Noé, gerando Cuse. E Cuse gerou Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá, Sabtecá e Ninrode (Gênesis 10:7-8),

NINRODE tornou-se mestre da caça e poderoso na terra, reinando sobre Babel, Ereque, Acade e Calne, na TERRA DE SINEAR;

em Nínive, Reobote-Ir, Calá e Résen, na TERRA DA ASSÍRIA (Gênesis 10:8-12).

Enquanto isso, na terra de CANAÃ, quarto filho de Cão, gerava os cananeus (Gênesis 10:18-19), origem dos fenícios.

Hiram Abif, descendente de TUBALCAIM e, tal como ele, um metalúrgico hábil em trabalhos com todos os metais, é apresentado a Salomão por Hiram, Rei de Tiro, como um “filho da viúva” (I Reis 7:13).

Balkis, a Rainha de Sabá, com quem Hiram Abif se unira secretamente durante sua estada em Israel, é igualmente uma CANANITA. Com a morte de Hiram Abif, o fruto de sua união com a Rainha de Sabá, será também um “filho da viúva”.

Salomão, como seu pai David, era descendente de SETE e dotado de grande sabedoria. Contudo, foi incapaz de realizar o projeto do templo, pedindo o auxílio de Hiram, Rei de Tiro, da linhagem de Caim, que com sua força e iniciativa, possibilitou a concretização do projeto, nomeando Hiram Abif, de sua confiança, e, como ele, CANANITA, como executor e responsável por todas as obras do templo.
A Sabedoria não realiza obras sem a Força. A Força não realiza obras sem a Sabedoria. A Sabedoria planeja e a Força executa. A Sabedoria e a Força, o planejamento e a execução, realizam obras, mas dependem da Beleza, da moral, da ética, para que o trabalho possa ser considerado Perfeito.

O Templo de Salomão, portanto, não era tão-somente um edifício erguido para se cultuar a Deus, como pretendiam os setitas. Para os cainitas, o Templo de Salomão era o paradigma de uma obra Perfeita, de um grande ideal, a representação do Universo e do Homem. Assim, cainitas e setitas, durante a construção do templo, se uniram, cada qual em torno de seu objetivo, e encobriram suas inconciliáveis diferenças.

As duas linhagens sempre viveram e continuarão a viver em oposição. Seus arquétipos são perfeitamente identificáveis:

Os SETITAS constituíram o sacerdócio e tornaram-se os guias espirituais da Sabedoria Divina. Vivem pela Fé e não pelas obras. São dóceis, disciplinados, conservadores, desprovidos de ambição, contemplativos e sugestionáveis. Pregam o abandono do mundo perverso e a busca do consolo divino. Como Mestres da Magia, tornaram-se hábeis no uso da linguagem, sobretudo para invocações, rogando aos céus pelos trabalhadores, a fim de deles obter o seu sustento.

Os CAINITAS desenvolveram as ciências, as artes, o comércio e a indústria. Com sua força e energia, transformaram o mundo e alcançaram a Sabedoria Terrena. Vivem pela Razão e pelas obras que realizam. São agressivos, indisciplinados, progressistas, ambiciosos, criativos, dotados de grande iniciativa e rebeldes a qualquer tipo de sujeição, humana ou divina. Como Mestres da Razão, formaram operários hábeis na consecução das obras que lhes permite sustentar a si e aos que deles dependem e adquiriram o poder temporal, promovendo o bem-estar da humanidade pela conquista do mundo material.

Todavia, os descendentes de Caim ficaram presos ao corpo físico e perderam a visão espiritual.

Um dia, esses “filhos da viúva”, condenados a vagar na semiobscuridade do mundo material,
- baterão à porta de um templo maçônico.
- Serão desprovidos dos metais que representem luxo ou riqueza.
- Ficarão seminus e totalmente cegos.
- Viajarão ao centro da Terra onde conhecerão a si próprios.
- Morrerão para a sua antiga existência profana e
- renascerão para uma nova vida, regenerados e purificados pelos quatro elementos. Lhes será perguntado o que procuram e responderão “a Luz”. E a Luz lhes será dada. E se transformarão em filhos da Luz.

Excertos do livro (em elaboração) Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores

Loading comments...