O real custo do ENSINO SUPERIOR no Brasil

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O diploma de conclusão do Ensino Superior é, praticamente, um fetiche dos brasileiros. Enquanto pais interessados no futuro de seus filhos os incentivam a cursar uma faculdade, os filhos sonham com essa possibilidade desde os tempos do Ensino Fundamental. O sonho, naturalmente, é o de exercer uma profissão bem remunerada que lhe permita ter uma vida adulta bastante confortável. É desnecessário dizer, a esta altura do campeonato, que muita gente já descobriu que tal sonho é completamente irreal - ou mesmo, que ele é, na verdade, um pesadelo.

O estado brasileiro, naturalmente, estimula e fomenta esse sonho, especialmente por meio de seus programas de incentivo - como o ProUni, que disponibiliza bolsas de estudo, e o terrível FIES, uma tragédia financeira que compromete os cofres da União e o futuro dos estudantes - e eu, inclusive, já fiz um vídeo tratando desse tema. Hoje, porém, eu quero cavar ainda mais fundo nesse buraco, para elucidar uma importante questão: qual é o real custo do Ensino Superior no Brasil?

Muita gente acredita que o Ensino Superior é a solução para os problemas do Brasil. Se uma grande quantidade de jovens e adultos tiver diploma de algum curso superior, então seremos um país desenvolvido - e a atual falta de desenvolvimento do país seria causada, justamente, pela falta de tais diplomas. Não obstante a péssima qualidade do ensino básico brasileiro seja cada vez mais evidente, com crianças sendo aprovadas, ano após ano, sem aprender o básico do básico do que quer que seja, os investimentos estatais na Educação Superior só aumentam.

Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, sem dúvidas, sabe que esse tipo de conclusão não procede. Não existe fórmula mágica para geração de riqueza num país; o que o faz prosperar é o contínuo aumento da produtividade de sua população, algo que pode ser alcançado de diversas formas. Naturalmente, ter pessoas com qualificação profissional é importante nesse aspecto; mas todos nós sabemos que existe um grande abismo entre qualificação profissional e um pedaço de papel carimbado, a que damos o nome de diploma.

Hoje, temos hordas de jovens recém-formados no Ensino Superior, e que não possuem qualquer perspectiva profissional em suas áreas de formação. Um grande percentual destes terminará por trabalhar como caixa de supermercado, motorista de Uber ou auxiliar de escritório - com todo o respeito que essas dignas profissões merecem. E, aqui, não se trata apenas da frustração pessoal envolvida na questão; estamos falando, principalmente, da enorme quantidade de recursos desperdiçada na formação de jovens que nunca trabalharão nas profissões para as quais se formaram.

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