MENSAGENS DE PAZ RS MAIRA ROCHA E O CONTATO COM OS ESPÍRITOS NA INFÂNCIA

MENSAGENS DE PAZ RS MAIRA ROCHA E O CONTATO COM OS ESPÍRITOS NA INFÂNCIA

"Eu não sou palestrante. O que eu sei fazer e mal é a psicografia, porque são eles que fazem, não é a Maira. São os parentes de vocês que me procuram.
Eu tenho todo o respeito por qualquer espírito, seja ele grau evolutivo que for. Então eles têm muita confiança em mim. E assim eu comecei. Eu sou do interior do Ceará, uma cidade que só tem um quebra mola. Na hora que passar por ele, dá adeus e volta. Só isso a cidade. Oito ruas.
E desde os 07 anos que eu me conheço por falar com os espíritos.
Até então eu não intitulava eles como espíritos porque eu não tinha o conhecimento. Eram amigos como são hoje, só que desconhecidos meus. E eu tive muitos problemas, inúmeros problemas, principalmente com a minha família. A maior parte era evangélica e a outra parte era católica. Era numa época mais difícil. Hoje em dia a gente já encontra cristãos. A gente já não de divide tanto, não é? Encontra-se cristãos.
Naquela época eu aprontava muito. Eu fui uma menina muito danada. Muito impossível! E hoje eu sei que não foi só por mim. Eu fazia tudo que eles mandavam. E tudo que eles mandavam era ruim.
Porque minha mãe ficava naquela: "Essa menina tem alguma coisa errada."
Porque ela dizia que eu previa algumas coisas que ia acontecer. Ela era professora de Matemática, eu me lembro, e ela dava aula para sala de 1º, 2º e 3º científico. Como não tinha com quem me deixar, ela me levava. E era dia de prova. Eu ficava rondando ali entre os alunos e ela aplicando a prova. E era probabilidade, na época era probabilidade. Eu tava na 2ª série e eles estavam no 2º científico. E eu me lembro que eu comecei a passar a resposta das provas, porque alguém foi me falando e eu fui passando.
E chegou uma hora que eu sentei atrás dela e ela corrigindo e entregando e eu fui anotando no quadro negro assim com o giz e as pessoas copiaram e todo mundo tirou 10.
Só que de repente ela olhou para o quadro e olhou para mim, só que eu acho que ela pensava o que eu faço com essa menina? Não sei mais...
E eu falava:
-Mãe eu não sei, só me disseram.
-Vá para casa! Vá para casa agora. Você estragou a prova!
Ela teve que dar 10 para todo mundo. Não tinha o que fazer mais ali, não é?
E assim foram mil coisas.
Minha irmã sofreu muito comigo. Minha irmã sofria porque eu tinha muito ciúme dela com o namorado. Tinha um ciúme da minha irmã, ela já mocinha, bonita, eu entregava todos os namoros dela para o meu pai.
Eu sabia nome, o lugar que ela estava, e tudo isso eles me contavam.
Minha família meio que sofreu com isso.
E eu me lembro um dia que era aniversário de 15 anos da minha irmã e eu queria ter 15 anos, mas eu tinha 10, não é?
E minha irmã toda recebendo as pompas, o vestido...
E tinha um amiguinho meu que eu contei na outra palestra que era o Cesar e ele dizia assim:
Olha como ele era... Ele dizia:
- Só tem um jeito de acabar com a festa de 15 anos
- Se manchar o vestido dela com groselha, não sai.
Eu pensei: Hoje tem duas coisas - eu apanho - não sei.
Aí eu falei: Não, não vou fazer isso não! Isso eu não vou fazer!
- Faz é engraçado! Sua mãe lava!
E tava em cima do negócio.
Olha, eu não contei conversa, eu peguei o suco de groselha e fiquei passeando assim na cama... Jogo ou não jogo? Jogo ou não jogo?
E aí até que veio um outro e falou assim:
- Não, não faz isso não. Sua mãe vai ficar de castigo.
Só que alguma coisa aconteceu. Eu tropecei na cama, eu já não ia mais jogar, sujou o vestido, a cama, os presentes...
Foi um negócio assim surreal.
A sorte é que minha mãe... Era um vestido assim para dançar valsa e o outro para continuar a festa.
Então ela descartou um vestido e ficou a festa toda...
Mas até hoje... A minha irmã tem 35 anos. Até hoje ela olha pra mim e diz isso:
-Meu vestido de 15 anos.
E eu não consigo explicar. Na época eu não conseguia explicar que alguém me mandava. Era muito pequena, muito!
E aprendi várias músicas. Eu até brinco com Jovelino, quando a gente tá em algum lugar, porque todas as músicas que eu sei hoje, são de Nilton Cesar, Bartô Galeno, Waldick Soriano...
Então, eu não tinha como aprender essas músicas pequena, porque não eram da minha época. Mas eu aprendi e passei a gostar porque eles me ensinavam. Eu aprendi a ler e escrever com 04 anos.
Então também alguém teve que me ensinar. Ninguém sabia explicar de onde é que tinha meu apelido ler, até que me explicaram. Alguém me ensinou a ler.
E minha vida foi essa. Eu passei uma fase da adolescência muito difícil que eu escolhi ir para a religião de minha mãe que era uma igreja que até hoje eu tenho muito amor.

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