Como o FIES distorce o mercado estudantil

3 years ago
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Recentemente, foram realizadas, em todo o Brasil, as provas do ENEM, o Exame Nacional do Ensino Médio. Dentre outras coisas, os resultados de tal exame são utilizados para dar aos estudantes acesso a um dos vários programas governamentais destinados ao ensino superior: o FIES, financiamento governamental de cursos superiores com longo prazo de pagamento e taxas de juros mais do que camaradas. Na aparência, é algo comovente; na prática, porém, como toda e qualquer intervenção estatal, o FIES representa uma distorção no mercado da educação e condena milhares de jovens a um endividamento que não se refletirá em benefícios para suas carreiras profissionais.

Financiamentos desse tipo não são uma novidade, sendo comuns em vários países, em que muitos dessas problemas são também observados. Nos Estados Unidos, onde o financiamento estudantil é uma realidade consolidada, é comum que os chamados “jovens adultos”, aqueles que ainda não chegaram aos 30 anos, estejam mergulhados em dívidas. Não são raros os casos de jovens que contraíram dívidas na casa de 100 mil de dólares, o que equivale, hoje, a mais de meio milhão de reais!

A situação é terrível: os jovens já iniciam sua dívida adulta carregando nas costas uma dívida gigantesca e, em muitos casos, impossível de pagar. Afinal, o número de formados que não consegue uma colocação no mercado atuando em suas áreas de formação só aumenta, o que transforma o financiamento estudantil, em muitos casos, num investimento dos mais equivocados.

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