SCUD - Lampião (demo-tape 1991) | oficial video clipe música fotos inéditas imagens reais

2 years ago
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#videoclipe com #fotos inéditas da #banda #SCUD na sua primeira formação e #imagens reais de #Virgulino Ferreira, o #Lampião.

HISTÓRIA
Virgulino Ferreira da Silva, também conhecido como o Rei do Cangaço e Governador do Sertão, nasceu em 1898, na Fazenda Ingazeira, em Vila Bela, hoje Serra Talhada, Pernambuco.

Nesta época, o sertão quase não possuía escolas e estradas, viajava-se a pé, a cavalo, em burro e jumento. Os coronéis (proprietários de terras) imperavam como os verdadeiros chefes políticos, sem nunca sofrerem represálias, pois a força do Estado estava sempre do seu lado. Isto era uma recompensa e benefício recebido por causa dos eleitores que controlavam mediante os "votos de cabresto", que impunham nomeações e hegemonia local sem se importar com a competência profissional dos nomeados.

Sendo mais numerosos e com o apoio do governo, a família Nogueira expulsa os Ferreira de suas terras em 1917. Virgulino aos 19 anos entra para o cangaço, e junto a sua família passam a conviver com intensos tiroteios e emboscadas, e são obrigados a vagar pelo sertão levando uma vida de nômades.

Em uma das primeiras lutas do bando, na escuridão da noite, Antônio, espantado com o poder de fogo do rifle do irmão Virgulino, que expelia balas sem parar e mais parecia uma tocha acesa, gritou o seguinte:
- Espia Levino! O rifle de Virgulino virou um lampião!
A partir desse dia, a alcunha do famoso cangaceiro passa a ser Lampião.

Virgulino consegue adquirir com a intermediação do Padre Cícero a patente de Capitão, no Batalhão Patriótico do deputado Floro Bartholomeu, o batalhão das forças legais. Oficialmente, Lampião recebe a missão de combater a invasão da Coluna Prestes no nordeste, um grupo de comunistas liderados por Luís Carlos Prestes.

Em agosto de 1920, o pai de Lampião é fuzilado enquanto debulhava milho. Naquele mesmo dia, os Ferreira fazem um juramento: do seu luto até a morte, iriam ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios. Quando sabia da existência de um coronel perverso, Lampião não perdia a oportunidade de queimar lhe a fazenda e matar lhe o gado.

Em 1931, em uma das paradas para descansar perto da Cachoeira de Paulo Afonso, na Bahia, conheceu Maria Déia, de 20 anos. Lampião caiu de amores e impressionado com sua beleza, passou a chamá-la de Maria Bonita.

Com o consentimento do Capitão Virgulino, Benjamim Abraão, um fotógrafo libanês, conviveu durante meses com seu bando e coletou muito material sobre o cangaço. Esse fotógrafo, contudo, é assassinado por um coronel, e grande parte do seu acervo é destruída.

Um acidente provocado pela ponta de um pau vaza e cega o olho direito de Lampião. Após se passar por fazendeiro em um hospital em Laranjeiras, Sergipe, paga as despesas e sai do hospital escondido durante a madrugada e deixa escrita a carvão na parede do quarto: “Doutor, o senhor não operou fazendeiro nenhum. O olho que o senhor arrancou foi o do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião”.

Lampião resistiu durante quase 20 anos, apesar de ter sido baleado nove vezes. Sobreviveu brigando com grupos de civis que o perseguiam e com a polícia de 7 estados nordestinos. Por todo esse tempo, assaltou propriedades de grandes fazendeiros, atacou povoados, vilas e cidades, roubou, pilhou, torturou e matou os seus adversários.

No dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, em Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o mais seguro. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. Na madrugada do dia 28, a volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Quando um dos cangaceiros deu o alarme, já era tarde demais. Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, no lugar mais seguro, segundo Lampião, o bando foi pego totalmente desprevenido. Dos 34 cangaceiros presentes, 11 morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. A força volante decepa a cabeça de Lampião e a de Maria Bonita, que quando degolada ainda estava viva.

Percorrendo os estados nordestinos até o sul do Brasil, o coronel João Bezerra exibia as cabeças já em adiantado estado de decomposição por onde passava, atraindo multidão de pessoas. Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas. Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno aos seus parentes e parar de vez com essa macabra exibição pública. As cabeças de Lampião e de Maria Bonita só foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969.

Mais de 80 anos após sua morte, ele continua sendo lembrado na música, na moda, na literatura, no teatro, no cinema, em escolas, em museus, em conferências e debates.

O temido cangaceiro deixou o nome Lampião gravado nas caatingas sertanejas e na história do Brasil.

fonte:
https://www.geni.com/people/Lampi%C3%A3o/6000000047711964839

imagens de Lampião:
Benjamin Abrahão Calil Botto (ABA Film)

arte demo-tape Lampião:
Aroldo Rocha

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