Canto do Jaó

3 years ago
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Jaó
O jaó é uma ave tinamiforme da família Tinamidae.

Também conhecido como macucauá, sururina (Amazonas e Pará) e juó. Pertence a uma das mais antigas famílias do continente sul-americano, os tinamídeos. Com formato de corpo semelhante a galinhas, embora sem nenhum parentesco próximo com os galináceos. Seus registros fósseis no continente chegam há 10 milhões de anos.

Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kruptus = escondido, oculto; e oura = cauda; crypturellus = diminutivo de crypturus; e do (latim) undulatus = com ondas, ondulado, onda. ⇒ Pequeno Crypturus ondulado ou pequena (ave) com ondas e cauda escondida.

Características
Mede cerca de 31 cm de comprimento.

O jaó desloca-se pelo chão da floresta quase sem fazer ruído, apesar de ser relativamente corpulento. Sua plumagem cinza amarronzada do dorso é finamente estriada.

Seu nome comum deriva do pio longo, assobiado e um pouco melancólico, emitido o ano todo, com mais frequência no período reprodutivo. Parece que está dizendo “Eu sou Jaó”, com maior ênfase no final. Escutado no início da manhã e do meio da tarde até o escurecer. Algumas vezes, pia em noites de lua cheia.

Subespécies
Possui seis subespécies:

Crypturellus undulatus undulatus (Temminck, 1815) - ocorre do Sudeste do Peru até o Norte da Argentina;
Crypturellus undulatus manapiare (Phelps, Sr & Phelps, Jr, 1952) - ocorre no Sul da Venezuela na região do Amazonas, no alto Rio Ventuari;
Crypturellus undulatus simplex (Salvadori, 1895) - ocorre do Sudoeste da Guiana até a região adjacente do Brasil;
Crypturellus undulatus adspersus (Temminck, 1815) - ocorre no Brasil ao Sul do Rio Amazonas da região do Rio Madeira até o Rio Tapajós;
Crypturellus undulatus yapura (Spix, 1825) - ocorre do Sudeste da Colômbia até o Leste do Equador, Leste do Peru e Noroeste do Brasil;
Crypturellus undulatus vermiculatus (Temminck, 1825) - ocorre no Brasil, do Sul do estado do Maranhão até o noroeste do estado do Paraná.
Alimentação
Alimenta-se de pequenos frutos caídos no chão, moluscos e insetos, encontrados sob as folhas da mata. Ao contrário dos galináceos, não usam os pés para remexer as folhas e solo para encontrar suas presas, executando isso exclusivamente com o bico.

Reprodução
O pio serve para demarcar sua área de vida e, no período reprodutivo, aproximar os indivíduos. Como na Ema, cabe ao macho todo o cuidado da construção do ninho, na incubação dos ovos que dura 17 dias e criação dos filhotes. Os ovos recém-postos são muito coloridos, de um rosa claro ou cinzento claro, brilhando como se fossem de porcelana.

Na época reprodutiva chega a aproximar-se lentamente de uma pessoa que, imóvel e escondida, imite o seu pio.

Ovo rosa-claro ou cinza-escuro.

Hábitos
Habita a mata de várzea e galeria, capoeira, matas secas e ralas e cerrado.

Vivem, também, em campos e florestas de toda a América do Sul. Embora possam voar, não possuem a quilha óssea do osso do peito que possibilita o vôo contínuo. Todos os tinamídeos usam as asas como último recurso de fuga, fazendo um vôo curto, entremeado de planeios nas espécies campestres.

Distribuição Geográfica
Região norte, oeste da região Nordeste, Centro-oeste, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Ocorre também na Venezuela, Guiana, Colômbia e Peru.

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