Será que devemos ser PATRIOTAS? | QuintEssência

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Se aproxima o dia 7 de setembro, em que se comemora a independência do Brasil. Quase 200 anos atrás, D. Pedro I, acometido de condições intestinais não muito invejáveis, declarava a separação do Brasil do Reino de Portugal, às margens do Rio Ipiranga. Relembrar a data é um motivo de grande orgulho e alegria para todo o brasileiro que ama o seu país, não é mesmo? Bem, antes de começarmos a cantar o hino nacional com a mão sobre o escudo da CBF, devemos nos perguntar: será que faz sentido mesmo, hoje, nós sermos patriotas?

Voltando ao tema do patriotismo: antes de tudo, vamos falar sobre o ponto de vista libertário a esse respeito. Como eu já expliquei em outro vídeo meu, em que me defino como libertário e conservador, (002) eu entendo o libertarianismo como um conjunto de princípios éticos, ou seja, que se aplicam à convivência entre pessoas. E, de acordo com os princípios libertários, ninguém deve ser obrigado a fazer nada. Inclusive a ser um patriota. Ser obrigado a servir a um exército, a jurar uma bandeira, ou a amar um conjunto de fronteiras arbitrárias, tudo isso é violência contra indivíduos pacíficos. Logo, não deve existir uma obrigação ao patriotismo.

Portanto, todo libertário que se preze deve repudiar coisas como alistamento militar obrigatório - que nada mais é do que escravidão legalizada, - a presença obrigatória de símbolos pátrios por toda a parte, a obrigação prevista em lei de que estabelecimentos comerciais não possam funcionar em dias dedicados a datas cívicas, como o já citado 7 de setembro, e etc. Todos esses pontos são agressões estatais contra indivíduos pacíficos, e merecem repúdio por todos aqueles que amam a liberdade humana.

Isso posto, nos perguntemos, então, se um conservador, baseado em sua liberdade individual, deve se comportar de forma patriótica. E, bem, a resposta a essa pergunta é um tanto quanto complexa, e passa, primeiramente, pela definição do que é ser um patriota, de verdade.

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