O PT não quer MIMIMI do mercado | QuintEssência

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A presidente do PT - ou, como certamente os petistas preferem, “presidenta” - Gleisi Hoffmann, supostamente apelidada carinhosamente de “amante” nas planilhas da Odebrecht, disse, há poucos dias, que o seu partido não irá se importar com o “mimimi do mercado”, numa possível vitória de Lula nas eleições presidenciais deste ano. Segundo a parlamentar, “Não tem necessidade de carta ao povo brasileiro, as pessoas já conhecem o Lula. Não precisamos mais de um Palocci”. Essa declaração não é a primeira, nas últimas semanas, a fazer menção a uma postura mais aguerrida do PT em relação às pautas econômicas - algo como um retorno às origens comunistas do partido. A pergunta que fica, porém, é: por que o PT de Lula está tentando endurecer o seu discurso?

Em um vídeo recente aqui do meu canal, eu falei a respeito das declarações econômicas do ex-ministro do Lula, e também da Dilma, Guido Mantega. Somadas às manifestações recentes de Gleisi Hoffmann, as palavras de Mantega refletem o mesmo cenário de repúdio a tentativas econômicas mais pró-mercado, mais liberais, realizadas durante os governos Temer e Bolsonaro, com um consequente retorno às políticas econômicas heterodoxas da era petista, que levaram o país para o buraco. Não, não parece que isso seja mera coincidência.

Para além das relações com o mercado, o PT também quer reverter a reforma trabalhista, realizada em 2017, conforme foi afirmado pelo próprio Lula, poucos dias atrás, e conforme também salientou a Narizinho, na entrevista que eu citei agora há pouco. Também estão na mira dos petistas o teto de gastos e as privatizações realizadas por Bolsonaro. A ideia é reverter tudo isso e retomar o Brasil de antes do impeachment de Dilma - aquele Brasil quebrado, arruinado pelo PT, você se lembra? Pois bem, ao que parece, é para esse triste período histórico que Lula e sua trupe querem nos levar, a partir do próximo ano, caso vençam as eleições presidenciais.

A pergunta que fica é: por que Lula e o PT estão se preocupando tanto em exaltar seu lado mais aguerrido, seu caráter mais “foice e martelo”? Isso não parece ser uma boa estratégia eleitoreira. Na verdade, foi justamente fazendo o oposto que Lula se elegeu lá atrás, em 2002: se mostrando um cara mais equilibrado, mais de centro, amigo do mercado, trazendo o Palocci para sua equipe econômica… Não parece que essa estratégia é um erro, sob todos os pontos de vista, e que isso pode acabar tirando votos do Lula? Afinal de contas, estamos falando do cara que lidera, disparado, todas as pesquisas de intenção de votos, mesmo estando envolvido em toda sorte de escândalos e mesmo tendo passado uma generosa temporada na cadeia. O percentual do Lula nas pesquisas não para de subir, mesmo sem ele fazer nada; a melhor estratégia não seria, justamente, continuar não fazendo nada?

#lula #pt #mimimi

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