O GRANDE ORIENTE se levanta | QuintEssĂȘncia

3 years ago
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No contexto dos Jogos OlĂ­mpicos de Inverno, realizados em Pequim, este ano, o presidente russo Vladimir Putin foi recebido pelo presidente chinĂȘs, Xi Jinping, para uma importante reuniĂŁo, na qual ambos os governos demonstraram sua aproximação e declararam, publicamente, suas intençÔes de proteger suas fronteiras e de combater o que foi classificado como "interferĂȘncias externas”. No atual cenĂĄrio de instabilidade global, especialmente na regiĂŁo da UcrĂąnia, numa crise diplomĂĄtica envolvendo a RĂșssia, e tambĂ©m pelas pressĂ”es realizadas pela China em relação a Taiwan, esse tipo de aproximação entre as duas potĂȘncias parece acender um sinal de alerta, nĂŁo sĂł no Ocidente, mas tambĂ©m em todo o mundo: serĂĄ que Putin e Xi Jinping estĂŁo querendo formar uma aliança, um Grande Oriente?

Bom, naturalmente, o tĂ­tulo deste vĂ­deo Ă© uma brincadeira; a expressĂŁo “grande oriente” Ă©, comumente, utilizada pela maçonaria, para indicar um grupo formado por determinado nĂșmero de lojas. Aqui, porĂ©m, eu me aproprio desse termo para trabalhar numa hipĂłtese - a de que China e RĂșssia desejam formam uma aliança, algo como um eixo Moscou-Pequim, uma uniĂŁo de potĂȘncias que se veem, de uma forma ou de outra, ameaçadas pela hegemonia dos Estados Unidos e de seus aliados, grupo de paĂ­ses classificados por eles como “Ocidente”, e cujo objetivo seria fazer frente Ă  prevalĂȘncia norte-americana na geopolĂ­tica atual. Ou seja, formam uma aliança do Oriente contra as forças do Ocidente.

RĂșssia e China jĂĄ tiveram inĂșmeros atritos no passado. NĂŁo Ă© necessĂĄrio voltar aos sĂ©culos XIII e XIV, na Ă©poca das conquistas mongĂłis, para observar esse fato. Voltemos apenas algumas dĂ©cadas no tempo, na Ă©poca da UniĂŁo SoviĂ©tica pĂłs-Stalin, e nos primeiros anos de governo comunista da China - ou seja, no final dos anos 50 e no decorrer dos anos 60. Naquela Ă©poca, ambos os governos comunistas nĂŁo conseguiam mais se entender, e o que antes fora concebido como uma cooperação para a expansĂŁo da ideologia comunista pelo mundo acabou se transformando numa rivalidade por ĂĄreas de influĂȘncia e, em alguns casos, em pequenos conflitos envolvendo tropas de ambos os lados.

De fato, atĂ© mesmo apĂłs o fim da UniĂŁo SoviĂ©tica, em 1991, algumas questĂ”es envolvendo a delimitação das fronteiras entre RĂșssia e China nĂŁo ficaram plenamente sanadas, o que significa que a crise entre os dois paĂ­ses - crise essa que, segundo alguns historiadores, poderia ter se agravado ao ponto de se tornar um conflito nuclear - durou algumas dĂ©cadas. Embora, felizmente, nunca tenha sido travado um conflito de grandes proporçÔes entre os paĂ­ses, o fato Ă© que RĂșssia e China nunca morreram de amores um pelo outro, e aproximaçÔes diplomĂĄticas nunca foram muito bem-sucedidas. Pelo menos atĂ© os Ășltimos anos, Ă© claro, quando a coisa começou a mudar de figura.

#rĂșssia #china #putin

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